A Queda do Gigante

Por Verônica Fluvierz

Adílson com Dinamite, em sua apresentação ao clube (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)

Que a situação do Vasco no Brasileiro é, no mínimo preocupante não é novidade, o time está na zona de rebaixamento na 18° posição.  Aos 43 minutos do segundo tempo, ou melhor a sete rodadas do fim do campeonato, trocar o técnico não é a coisa mais sensata a se fazer. Que o Dorival não estava obtendo sucesso não vou negar, afinal foram 12 derrotas em 29 jogos. Mas demiti lo como se isso fosse a solução de todos o problemas do time, aí já é demais. Se pensarmos que foi no comando de Dorival que em 2009, o Gigante da colina mostrou sua força voltando a série A e que o novo técnico não é um dos mais conhecidos, a história fica mais complicada. A última experiência do Adilson Baptista foi o Figueirense na Série B.

Vamos seguir o raciocínio, o Vasco tem um comandante novo, mas e os jogadores da zaga?! Sabemos que o grande problema do time está nesse setor e contratar jogares de peso para ocupar essas posições é inviável para o clube, no momento. O que fazer com Cris e cia?! E os goleiros?! Os três goleiro que pertencem ao Cruz maltino, já foram testados como titulares e todos deixaram a desejar na função.  É quase, como se o Vasco jogasse sem goleiro, bons tempos em que podíamos contar com o Acácio no gol. 

Falando em saudosismo e em veteranos, uma preocupação que assombra os vascaínos é a seguinte: o que será do Vasco quando, no fim do ano, acabar o contrato do Juninho Pernambucano?! E se o time for rebaixado então, aí complica ainda mais. Esses dias, conversando com um amigo que é jornalista e entende tudo de futebol, ele me disse algo muito pertinente. Para o clube conseguir bons jogadores e resultados satisfatórios, o ideal seria o Vasco fazer um trabalho forte nas divisões de base. Trazendo assim, jovens profissionais, mas que sejam atletas sérios e com raça. Lembramos que foi desse jeito que foram revelados talentos como: Dinamite, Romário, Edmundo e tantos outros que começaram nas bases de São Januário. Um exemplo atual, de sucesso que veio do berço vascaíno é o atacante Thalles. No entanto, para isso acontecer é preciso tempo e dinheiro. As duas coisas que o Gigante não tem no momento. 

Esse é outro ponto fraco do Vasco, o clube sofre com problemas financeiros desde a gestão do Eurico Miranda. O Roberto Dinamite foi um ídolo para os vascaínos, e seu amor pelo time nunca foi contestado. Porém, na presidência do clube não está conseguindo fazer sua função, que seria reerguer o alvinegro. E com a demissão de Dorival, o time da colina acumulou mais uma dívida. A rescisão do contrato com antigo técnico custou 2 Milhões ao cofre do Vasco. Daí vem a pergunta que não quer calar, será que a demissão do Dorival foi a melhor escolha?!